A produção em larga escala está interligada com a padronização e homogeneização de corpos e desejos.
São vendidos produtos e drogas que prometem o mesmo resultado para diferentes corpos e organismos. Já parou pra pensar o quanto isso não faz sentido? No quanto um produto tem que ser agressivo para funcionar da mesma forma para todas e todos? E o que isso significa simbolicamente?
Isso é amenizar os sintomas e não tratar as causas. Isso não é cura. É mascarar os desequilíbrios que se apresentam para você. É se anestesiar e desperdiçar oportunidades de comunicação com o inconsciente e de transformação de padrões e comportamentos prejudiciais.
Falar de sagrado feminino e ginecologia natural é questionar se aquilo que se prega como bom para todas e todos é de fato o que se quer e de fato o que é melhor pra nós.
É conversar com o corpo e buscar na natureza agentes harmonizadores para nossas questões, que na maioria das vezes, não possuem origem no corpo físico. É retomar formas integrativas de se relacionar com o meio e conosco.
Mas pra questionar isso, precisamos nos conhecer, ser nossas próprias referências de equilíbrio – por isso o trabalho de investigação pessoal por meio da mandala da lua, de meditações ou de terapias é relevante.
Na nova era não tem segredo: seremos nossas mestras e nossas médicas. Nós seremos quem mais nos conhece nessa vida. Exige trabalho, estudo e observação, mas a autonomia que isso traz vale muito a pena! Seja a mulher da sua vida.
De coração e útero,
Nikole França