Auto-amor, auto-estima e auto-cuidado são expressões em alta. Mas a prática delas não necessariamente. E isso não é um problema em ti. Nós mulheres não fomos educadas a valorizar nosso corpo e nosso jeito individual de ser. Não fomos ensinadas a ficar satisfeitas com aquilo que já é. A gente aprende que a felicidade e a aceitação virão quando atingirmos um ideal exterior exposto em propagandas, filmes pornô e revistas femininas.
Voltar para si é abrir uma trilha na densa mata do autoconhecimento podando e cortando pela raiz os ideais e as projeções do feminino que a cultura plantou em nós. E no lugar, plantar a sementinha de se amar como se é… Regar todo dia… Conversar com ela… Até que ela comece a crescer, dar flor e torne-se uma exuberante e robusta árvore, firmemente enraizada!
Até lá, a gente vive um dia de cada vez. Se transformando aos pouquinhos.
Não entrando em guerra com seu corpo – só por hoje.
Se elogiando e aceitando elogios sem se justificar ou depreciar em seguida – só por hoje.
Tirando da gaveta aquele sua ideia que você achou que seria inútil – só por hoje.
Olhando demoradamente para o espelho sem julgar ou comparar o que vê – só por hoje.
Repetindo em voz alta afirmações positivas: “eu me amo”, “eu sou maravilhosa”, “eu sou boa o suficiente”, “eu sou forte”, “eu sou inteligente”, “eu sou uma boa amiga”, “eu mereço ser respeitada”, “estou orgulhosa de mim” e tudo mais que você já é – só por hoje.
No aqui e no agora.
De coração e útero,
Nikole França