A maior queixa das místicas urbanas para implementar práticas de conexão, autoconhecimento e autocuidado é a falta de tempo. Até recebo críticas quando exalto a importância de tirarmos um período para menstruar e vivenciar nossos ciclos tranquilamente.
Vamos trabalhar nossas crenças sobre tempo: tirar um tempo não significa parar sua vida pra isso. Talvez fosse o ideal. Mas se você não vê isso como possível no seu estilo de vida, encontre a disponibilidade que você já tem.
Hábitos são construções diárias. Você não precisa meditar por 1h ininterrupta na primeira vez que decidir tentar. E tá tudo bem. Vamos nos propor passinhos humildes e realistas pra começar e não cair na tentação de desistir ou nunca nem tentar.
“se tiver cinco minutos, você tem tempo” Emma Mildon
Eu te convido a tirar 5 minutos por dia. São menos 5 minutos nas redes sociais (você tem inclusive licença poética pra parar de ler esse texto e ir fazer algo por si agora mesmo), menos 5 minutos na sua maratona de séries… E substituir por 5 minutos de meditação, de anotação na mandala da lua, de relaxamento acariciando seu ventre…
E se você não quiser mexer em nada, 5 minutos durante o banho em que você não vai se esfregar mecanicamente, mas escutar o barulho da água caindo, sentir a textura do sabonete, o cheiro, observar como sua pele reage ao seu toque.
Cinco minutos de alguma refeição em que você vai apenas comer, em silêncio, mastigando devagar, saboreando os gostos e texturas do seu alimento, agradecendo por ele.
No transporte público de manhã, anotando seu sonho no bloquinho de notas do celular ou na volta, fazendo uma lista do que você é grata naquele dia…
RESPIRANDO por alguns momentos no seu trabalho, sem fazer nada, tirando um fôlego entre a tarefa concluída e a próxima a ser feita.
As possibilidades são infinitas. Eu só quero te mostrar que com criatividade, intenção e força de vontade, é possível voltar o olhar para como nos sentimos, pelo menos um pouquinho.
Sem precisar tacar fogo em tudo e fugir pra mata (o que eu acho válido também :P)
De coração e útero,
Nikole França