Pela conquista de direitos ainda é um exagero considerar março como o “mês da mulher”, existe uma questão feminina que deve ser pontuada: a Endometriose.
A endometriose é uma doença que afeta hoje 6,5 milhões de mulheres no Brasil e 176 milhões no mundo, segundo levantamento de 2020 da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Caracteriza-se pela formação ou migração do endométrio (mucosa que reveste a parede interna do útero) para outros órgãos como ovários, intestino, bexiga, trompas, vagina e até na corrente sanguínea, condição dolorosa e perigosa à saúde da mulher.
Pode apresentar como sintomas cólicas intensas, dor na região pélvica, dor durante a relação sexual, dor ao evacuar, diarréia, prisão de ventre, infertilidade, entre outros. Normalmente se apresentam durante o período menstrual. Em casos avançados, as dores são incapacitantes.
As causas não são claras para a medicina tradicional, mas envolvem estresse, ansiedade, fatores genéticos, alterações imunológicas, endometriais ou ambientais. Numa visão holística trazida pela ginecologia natural, ela surge em mulheres que perderam o contato com sua natureza cíclica. Tornaram-se excessivamente rígidas, se cobram demais, trabalham demais, não se permitem serem cuidadas ou terem uma pausa para descanso, repouso e reflexão.
O “tratamento” mais comum atualmente é o uso da pílula anticoncepcional. Em casos mais avançados, a cirurgia para retirada das placas de tecido é uma opção. Os tratamentos naturais oferecem opções para alívio das dores, reequilíbrio hormonal, por meio de florais, tinturas e garrafadas. Mas principalmente, possui ferramentas para investigar as causas emocionais por trás do diagnóstico e assim, acolher e sanar a ferida que deu origem ao quadro.
A prevenção é possível por meio do cultivo de hábitos saudáveis: alimentação equilibrada, atividade física, meditação, hobbies, ter momentos de autocuidado, conhecimento de sua natureza cíclica, contato com a natureza, uso de absorventes não descartáveis (coletor menstrual ou absorventes de pano) e consultas regulares à ginecologista.
Você tem ou conhece alguma mana que tenha endometriose?
Nikole França